HISTÓRIA DA IGREJA NO SÉCULO III
Cristianismo

HISTÓRIA DA IGREJA NO SÉCULO III


A RELAÇÃO DO IMPERADOR TRAJANO COM OS CRITÃOS
Trajano odiava o cristianismo;
Plínio, um de seus governadores enviou uma carta falando sobre como via os cristãos:
"Todo o crime ou erro dos cristãos se resume nisto: têm por costume reunirem-se num certo dia, antes do romper da aurora, e cantarem juntos um hino a Cristo, como se fosse um deus, e se ligarem por um juramento de não co¬meterem qualquer iniqüidade, de não serem culpados de roubo ou adultério, de nunca desmentirem a sua palavra, nem negarem qualquer penhor que lhes fosse confiado, quando fossem chamados a restitui-Io. Depois disto feito, costumam separar-se e em seguida reunirem-se de novo, para uma refeição simples da qual partilham em comum, sem a menor desordem, mas deixaram esta ultima pratica após a publicação do edital em que eu proibia as reuniões, segundo as ordens que recebi. Depois destas informacões julguei muito necessário examinar, mesmo por meio da tortura, duas mulheres que diziam ser diaconisas, mas nada descobri a não ser uma superstição má e excessiva"


HERESIAS E CONFUSÕES

Discussão quanto à volta de Cristo;
Segundo Durant:
“Uma mesma fé unia as congregações esparsas: Cristo, o filho de Deus, voltaria a terra para estabelecer seu Reino, e todos os crentes seriam no Juízo Final recompensa¬dos com a Bem-Aventurança eterna. Mas os cristãos divergiam quanto a data do Se¬gundo Advento. Quando Nero morreu, depois quando Tito arrasou o Templo e mais tarde quando Adriano destruiu Jerusalém, muitos cristãos encararam essas calamida¬des como sinais do Segundo Advento. Quando nos fins do século II o caos ameaçou o Império, Tertuliano e outros julgaram chegado o fim do mundo; um bispo sírio levou seu rebanho para o deserto a fim de receber Cristo no meio do caminho, e um bispo do Ponto desorganizou a vida da comunidade com 0 anúncio da volta de Jesus dentro de um ano). Como todos os sinais falhassem e Cristo não aparecesse, os cristãos de maior descortino procuraram atender ao desapontamento com uma nova in¬terpretação da data da Vinda. Ele viria, sim, mas dali a mil anos, dizia uma epistola atribuída a Barnabé; ele viria, declaravam os mais cautelosos, quando a "geração" ou raça dos judeus já se achasse totalmente extinta, ou depois que o Evangelho tivesse sido pregado a todos os gentios; ou ele mandaria em seu lugar o Espírito Santo, o Paráclito, como anunciara o Evangelho de João.”
O Montanismo;
Segundo Durant:
“Enquanto as seitas gnóstica e marcionita espalhavam-se pelo Oriente e Ocidente, novo he¬resiarca apareceu em Misia. Montano (ca. 156) denunciou a crescente mundanidade dos cris¬tãos e a autocracia cada vez maior dos bispos na Igreja; pediu o retorno a primitiva simplicida¬de e austeridade e restaurou para os membros das congregações o direito de profetizar. Duas mulheres, Priscila e Maximila, caíram em transe - e o que disseram tornou-se o oráculo da sei¬ta. O próprio Montano profetizou com tanta eloqüência que seus seguidores frigios - no mes¬mo entusiasmo religioso que anteriormente havia gerado Dioniso - deram-no como o Parácli¬to prometido por Cristo. Anunciou Montano que o Reino do Céu estava a mão e que a Nova Jerusalém do Apocalipse breve desceria do céu sobre uma planície vizinha. Para essa planície Ievou tanta gente que algumas cidades se despovoaram. (...) A Igreja baniu o montanismo como heresia, e no século VI Justiniano ordenou a extinção da seita. Muitos adep¬tos se fecharam em suas igrejas e incendiaram-nas, morrendo queimados.”
Outras Seitas;
Segundo Durant:
“E não havia fim para as heresias menores. Os Encratitas abstinham-se de carne, vinho e sexo; os Abstinentes praticavam a automortificação e condenavam o casamento como pecado; os Docetistas ensinavam a ver o corpo de Cristo como astralidade, não como carne humana; os Teodotianos consideravam-no apenas um homem; os Adopcionistas e os seguidores de Paulo de Samosata sustentavam que ele nascera homem mas alçara-se a divindade por meio da perfeição moral; os Modalistas, os Sabelianos e os Monarquianos reconheciam uma só pessoa no Pai e no Filho, os Monofisitas uma só natureza, os Monotelistas uma só vontade. A Igreja do¬minou-as graças a sua superior organização, a sua tenacidade doutrinal e melhor compreensão da psicologia e das necessidades dos homens”


ORÍGENES: O MAIS CULTO DE SUA ÉPOCA

Nasceu em um lar cristão;
Seu pai foi preso e morto pelos Romanos em uma perseguição á igreja;
Orígenes era considerado por todos, cristãos ou não, como o maior intelectual de sua época;
Ele castrou a si mesmo: Orígenes, o Casto;
Aos 18 anos de idade já ensinava nas escolas cristãs da época;
Mas perdeu-se para a cultura Grega;
Segundo Curtis:
“Ao aceitar os ensinamentos da filosofia grega, Origenes adotou muitas idéias platônicas, estranhas ao cristianismo ortodoxo. A maio¬ria de seus erros era causada pela pressuposição grega de que a ma¬teria e o mundo material são in¬trinsecamente maus. Acreditava na existência da alma antes do nascimento e ensinava que a posição de alguém no mundo era conseqüência de sua conduta num estado preexistente. Negava a ressurreição física e advogava que, no final de tudo, Deus salvaria todos os homens e todos os anjos.”
Foi excomungado pelo Bispo de Alexandria, que chamou um concílio a fim de discutir as idéias que ele vinha pregando;
Morre após ser torturado pelos Romanos (251 d.C.);


251 – O CONCÍLIO DE CARTAGO (EPISCOPADO E MISSA)

Em meio a tantas divisões, seitas, falsos profetas, heresias, etc.
Cipriano escreve UNIDADE DA IGREJA;
Cipriano Havia nascido rico e pagão, porém se converte ao cristianismo, abandonando todas as práticas anteriores e doando tudo o que tem aos pobres; Apesar de não ser teólogo, torna-se bispo de Cartago em 248 d.C.;
Neste concílio ele lê sua obra UNIDADE DA IGREJA;
Buscou unir os cristãos através do poder dados aos Bispos;
Segundo Curtis:
“O indivíduo não poderia viver a vida crista em contato direto com Deus; ele precisava da igreja. Uma vez que Cristo estabelecera a igreja sob autoridade de Pedro, a Pe¬dra, Sipriano disse que todos os bispos eram, em certo sentido, sucesso¬res de Pedro, portanto, deveriam ser. obedecidos. Embora não declarasse que o bispo de Roma estava acima dos outros, Cipriano via o episcopa¬do como especial em razão da cone¬xão de Pedro aquela cidade.”
Instituiu poderes Sacerdotais aos Bispos;
Segundo Curtis:
“Cipriano deixou implícito que o Espírito Santo trabalha¬va por meio dos bispos. Os bispos, naturalmente, ganha¬ram poder com a disseminação des¬sas idéias. Cipriano tambem prorno¬veu a idéia de que a missa era o sacri¬fício do sangue e do corpo de Cristo. Urna vez que os sacerdotes agiam como representantes de Cristo, ofe¬recendo novamente o sacrifício em todos os cultos de adoração, isso so¬mente serviu para lhes aumentar o ¬poder.”


270 – ANTÃO TORNA-SE EREMITA (INÍCIO DOS MONASTÉRIOS)

Crescia a imoralidade e o corrompimento no meio da igreja;
Antão decide viver isolado em uma casa;
Lá ele dormia no chão;
Alimentava-se apenas uma vez por dia, numa dieta de pão e água;
Ele era visto como um guerreiro espiritual, que lutava contra demônios e que largou tudo e abnegou-se totalmente;
Com seu exemplo não tardaram a surgir comunidades de monges.
- Pacôncio, jovem amigo de Antão veio a montar a primeira comunidade de monges.


A DECADÊNCIA ESPIRITUAL

Após a morte de Aureliano a igreja teve 28 anos de paz;
Esta situação levou muitos crentes a terem vergonha da fé ou se aproveitarem dela;
Crescia a soberba e a ambição;
Os cultos simples começavam a ser substituídos por rituais complexos;
Alguns bispos ao invés de cuidar do seu rebanho começavam a cuidar da acumulação de riquezas, criava-se um grande ‘ordem sacerdotal’, surgia a ‘classe do clero’;
Alguns pagão diziam: “Façam-me bispo de Roma, que eu logo me tornarei cristão”;
Ocorriam discussões ferrenhas entre bispos e presbíteros, pois ambos lutavam para decidir qual cargo era mais importante, pois no princípio ambos dispunham de igualdade;
Durante as perseguições de Diocleciano e Galério muitos cristãos e bispos, diante da eminente morte negavam sua fé fazendo oferendas ao gênio do imperador.



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