Cristianismo
Subsídio para EBD - Elias, O Tisbita
Ninguém sabe quem, nem onde Deus levantará o seu próximo profeta, aquele que apesar de imperfeito, luta em manter uma vida de santidade diante de Deus, que não se dobra diante da corrupção generalizada, não se rende ao sistema caído e cheios de vícios. Aquele que detém autoridade espiritual e moral para profetizar em nome do Senhor.
Satanás tentará deter, destruir, comprometer e calar estes homens, mas na graça de Deus eles persistem diante dos grandes desafios, dos desgastantes embates, dos ataques ferozes às suas famílias, e das lutas que vivenciam na arena do próprio ser. Elias foi um homem sujeito às mesmas paixões que nós, mas foi um homem que se colocou nas mãos do Senhor:
Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos. (Tg 5;17-18)
Para que alguém seja levantado pelo Senhor numa geração, não é necessário se mudar para os grandes centros urbanos, pedir carta de mudança para um grande ministério, articular meios de pregar em grandes eventos, ou se utilizar de algum tipo de marketing pessoal. É Deus quem torna os seus servos conhecidos, e quando assim resolve fazer, faz para a sua própria glória.
O Senhor engradeceu Abraão, fez um nome para Davi e deu um nome a Jesus que está acima de todo o nome. Da mesma forma que Jesus, Elias viveu num lugar inexpressível, onde a lógica humana não conceberia a ideia de que alguma coisa poder vir ou acontecer lá (Jo 1.46; 7.41). Da mesma maneira que Jesus, Elias não correu em busca dos holofotes, de reconhecimento e aplausos. Ele só queria fazer a vontade de Deus.
Os que se tornam conhecidos no Reino de Deus, e para a glória de Deus, não lutam, não brigam, não se vendem, nem negociam princípios e valores por isso. Simplesmente aguardam o seu tempo, e se deleitam em fazer o que Deus mandou, e onde mandou que fosse feito. Não são as habilidades, desempenho ou performance que faz um servo do Senhor ganhar notoriedade, mas, a sua disposição em obedecê-lo. A grandeza de um nome está diretamente associada a sua obediência a Deus, custe isso o que custar. Permaneça onde Deus te colocou, e somente saia na direção dele, debaixo de sua orientação e vontade.
Neste exato momento, enquanto seus olhos deslizam por estas linhas, há “Elias” sendo levantados pelo Senhor, saindo de Tisbé em direção ao centro da vontade do altíssimo, lugar de batalhas, enfrentamentos, fugas e vitórias, coragem e temores, provisão e escassez.
Elias não foi um homem de cultura ou condição social expressiva, mas foi um homem de fé. Sem fé, todo conhecimento, saber ou títulos não valem nada. Sem fé é impossível agradar a Deus e fazer a sua obra com eficácia, cumprir a carreira.
VOCAÇÃO, NATUREZA E AUTORIDADE PROFÉTICA
É Deus quem soberanamente vocaciona profetas. A vocação soberana de Deus para os diversos ministérios pode ser confirmada através de sua Palavra (Gn 12.1-2; Êx 3.10; Jz 6.9; 1Sm 16.1; Jr 1.5; Mt 20.23; Mc 3.13-19; Lc 1.31-33; Jo 15.16; At 9.10-16; 13.1-2; 20.28; Gl 1.15; 1 Tm 1.12-16; 2 Tm 1.8-11; Hb 5.4).
Profetas são representantes de Deus. São por Ele escolhidos de forma soberana, para serem receptores de revelações sobrenaturais, para ver como Deus vê, para perceber como Deus percebe, para entender como Deus entende, para falar o que Deus manda, para se compadecer como Deus se compadece.
Profetas são indivíduos que vivem desconfortavelmente, pois causam desconforto. Profetas são indivíduos que vivem pressionados, pois causam tensão. Profetas são indivíduos ameaçados, pois confrontam o erro e a injustiça dos poderosos. Profetas são indivíduos indesejáveis, pois denunciam o pecado.
O ministério profético autêntico não se compra nem se vende. Não é alcançado por troca de favores. Não se passa de pai para filho. Não se consegue com votos, numa eleição. Não se obtém por bajulação, paternalismo, ou coisa parecida.
Um ministério profético não subsiste ou se sustenta na força da popularidade, no patrimônio pessoal, na agenda cheia ou na eloquência. Poder em palavras e obras, mensagem e ensino fundamentados nas Escrituras, são as marcas de um ministério profético bíblico, e com autoridade espiritual legítima.
Fonte: www.altairgermano.net/
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