Cristianismo
Minha opinião sobre a guerra em Israel
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Esta carta foi enviada em meu site "Apologia Cristã", na sessão de "Enviar Carta"
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Pergunta:
Nos conflitos entre judeus e palestinos, você é a favor de quem? Você acha que os judeus agiram correto expulsando os palestinos da região que moram agora? PS: Comecei a ler suas publicações depois que virei protestante, são muito boas. (Dennis Resende – Campinas/SP – 06/08/2015)
Resposta:
Olá, Dennis, a paz de Cristo.
Sem rodeios: sou a favor de Israel. Mas isso não significa que eu seja a favor de terem desalojado os palestinos daquela região. Se eu fosse um membro da ONU com direito de voto em 1948, eu votaria “não”, porque penso que seria muito melhor se criassem o Estado de Israel em algum local despovoado ou, melhor ainda, bem longe dos radicais islâmicos, que nunca foram simpatizantes dos judeus, e tem uma rivalidade histórica com eles. No entanto, a culpa pela criação do Estado de Israel não é de Israel em si, mas deve ser dividida com todos os países da ONU que votaram a favor naquela ocasião. É absurdo se somente Israel fosse responsabilizado, quando Israel sozinho por si próprio jamais teria conseguido aquilo. Foram os países membros da ONU que criaram aquele Estado, e portanto o Brasil (que votou a favor) é tão responsável quanto o próprio Israel, e ainda mais a ONU como um todo.
Sobre o que aconteceu depois de 1948 e qual o meu ponto de vista sobre a guerra atual, eu comentei sobre isso em meu livro “Deus é um Delírio?”, de onde eu transcrevo todo o texto abaixo com algumas leves variações (me perdoe se você achá-lo demasiadamente longo):
Desde que Israel voltou a ser um Estado oficial reconhecido pela ONU, tudo o que ele quer é permanecer existindo, da mesma forma que os outros países querem. Israel quer existir como um Estado judaico e viver em paz. Não há ninguém que aborde tão bem o confronto na Faixa de Gaza quanto Dennis Prager, que é colunista, radialista, escritor e orador público. Para ele, o problema é que a maioria dos palestinos e muitos outros muçulmanos e árabes não reconhecem o direito de um Estado judaico em Israel existir. Isso acontece desde 1947, quando a ONU votou para dividir a terra chamada Palestina em um Estado judeu e um Estado árabe. Os judeus aceitaram a partilha da ONU, mas nenhum árabe ou qualquer outro país muçulmano aceitou isso.
Quando o governo britânico decretou a criação do Estado judeu, em 15 de maio de 1948, os exércitos de todos os países árabes vizinhos (Líbano, Síria, Iraque, Jordânia e Egito) atacaram no dia seguinte o recém-criado Estado de Israel a fim de destruí-lo. Porém, para a surpresa mundial, o pequeno Estado judaico sobreviveu. Então isso aconteceu novamente. Em 1967, o ditador egípcio Gamal Abdel Nasser anunciou seu plano, em suas palavras, de “destruir Israel”. Ele deslocou frotas egípcias na fronteira com Israel, e os exércitos dos países árabes circunvizinhos foram também mobilizados para atacar.
No entanto, Israel preventivamente atacou o Egito e a Síria. Israel não atacou a Jordânia, mas a Jordânia o atacou e por isso Israel tomou o controle sobre a terra jordaniana, na margem ocidental do rio Jordão. Pouco tempo depois da guerra, os países árabes foram para Cartum, no Sudão, anunciar seu famoso “três nãos”: sem reconhecimento, sem paz e sem negociações. O que foi que Israel fez? Uma das coisas que Israel fez um pouco depois, em 1978, foi dar toda a Península do Sinai, uma área de terra maior do que o próprio Israel – e com petróleo – de novo ao Egito, porque o Egito, sob uma nova liderança, assinou um contrato de paz com Israel.
Assim, Israel cedeu a terra pelo contrato de paz com o Egito, e tem estado sempre disposto a fazer o mesmo com os palestinos. Tudo o que os palestinos tinham que fazer é reconhecer um Estado judeu e prometer conviver em paz com ele. Mas quando Israel esteve disposto a negociar a terra pela paz, como o fez no ano 2000, quando concordou em dar aos palestinos um Estado soberano em mais de 95% da margem ocidental e toda Gaza, os líderes palestinos rejeitaram a proposta, e em vez disso responderam enviando ondas de terroristas suicidas a Israel.
Enquanto isso, a televisão, o rádio palestino e os currículos escolares continuam cheios de glorificação aos terroristas e demonização dos judeus, e diariamente passando a mensagem de que Israel deveria deixar de existir. Portanto, não é difícil explicar a disputa do Oriente Médio: um lado (Hamas) quer o outro lado (Israel) morto. O lema do Hamas, o governo dos palestinos na Faixa de Gaza, é: “Nós amamos a morte, enquanto os judeus amam a vida”.
Existem 22 Estados árabes no mundo, do Oceano Atlântico ao Índico. Existe apenas umEstado judeu no mundo e é do tamanho do Estado de Nova Jersey. Até o minúsculo El Salvador é maior que Israel. Pense sobre essas duas questões. Se amanhã Israel abaixar suas armas e declarar: “Nós não lutaremos mais”, o que poderia acontecer? E se os países árabes ao redor de Israel também deixassem suas armas e declarassem: “Nós não lutaremos mais”, o que aconteceria? No primeiro caso, haveria uma imediata destruição do Estado de Israel e assassinato em massa do povo judeu. No segundo caso, haveria paz no dia seguinte.
Este é um problema simples de se descrever: um lado quer o outro morto. E, se isso não acontecesse, haveria paz. Nunca houve na área geográfica um Estado chamado Palestina, havia um Estado não-judeu. Israel é o terceiro Estado judeu a existir naquela área. Nunca houve um Estado árabe nem Estado palestino, nem muçulmano ou qualquer outro Estado. Então, por que não pode o Estado judeu ser autorizado a existir?
O que ocorre na Faixa de Gaza é um Estado legítimo e em regime democrático (Israel) tentando preservar seu direto de sobrevivência contra um regime terrorista (Hamas), que nunca respeitou os direitos humanos e é uma das piores facções terroristas do planeta em nossos dias. Eles usam os próprios palestinos como escudo humano, entregando seus civis à morte. Israel se encontra na mesma condição que os Estados Unidos ao mandar tropas para atacar a Al-Qaeda ou o ISIS. É uma guerra de uma nação democrática contra uma facção terrorista.
Se os terroristas decidissem invadir o Brasil, e o governo brasileiro decidisse se defender e atacar os terroristas, o Brasil é o culpado? Não teríamos que fazer o mesmo que Israel faz hoje, e usar o nosso exército? A diferença é que os terroristas não odeiam brasileiros (a princípio), mas detestam os judeus. E eles reconhecem a legitimidade do Brasil, mas não reconhecem Israel. Se do dia pra noite eles mudassem de ideia em relação ao Brasil e decidissem não reconhecer o nosso país como uma nação de direito e resolvessem aniquilar o povo brasileiro para que a sua vontade prevaleça no mundo todo, teríamos que fazer o mesmo que Israel faz hoje.
A guerra não é de um país contra outro país, mas de um país legítimo em regime democrático (Israel) contra uma facção terrorista (Hamas) que domina aquela região temporariamente. Da mesma forma que quando a polícia invade a favela da Rocinha na busca por traficantes ela não está em guerra contra a favela ou contra o Rio de Janeiro, Israel também não está em luta contra um Estado, mas contra terroristas que estão, neste momento, no comando daquela região, oprimindo o seu próprio povo e usando-os como escudo humano.
O Hamas não representa o povo palestino, da mesma forma que Bin Laden não representava todos os muçulmanos. Israel está em guerra no mesmo sentido que a polícia também está. Um contra o terrorismo, o outro contra o tráfico de drogas. Israel não luta por causa de religião. Ele luta para defender seu território e seu direito legítimo de sobrevivência, contra uma facção terrorista com ideologia de dominação mundial que começa pela destruição dos inimigos em seu “quintal”, neste caso, Israel. Primeiro eles limpam o quintal, só depois avançarão para limpar as outras casas e outras ruas.
Eu não poderia concluir o assunto da guerra na Faixa de Gaza sem antes transcrever aqui algumas palavras de Sam Harris, um dos maiores expoentes do neo-ateísmo e declaradamente anticristão, mas com um diferencial que pesa a seu favor: ele não é esquerdista. Assim, ele pôde fazer uma análise sóbria, equilibrada e racional sobre a guerra em questão sob a perspectiva de um ateu. Isso ocorreu no podcast de 27 de julho de 2014, com o título de “Por que eu não critico Israel?”, que gerou muita polêmica e revolta dos neo-ateus.
Transcreverei aqui as partes mais importantes, que nos ajudam a entender, mesmo que resumidamente, o que ocorre na Faixa de gaza:
“Seja quais forem as coisas terríveis que os israelitas fizeram, também é verdade que eles tem usado mais contenção na sua luta contra os palestinos do que nós americanos ou europeus fizemos em qualquer uma de nossas guerras. Eles têm sofrido mais escrutínio público no mundo do que qualquer outra sociedade já teve enquanto se defendem dos agressores. Os israelenses simplesmente mantém um padrão diferente. E a condenação dada a eles pelo resto do mundo está completamente fora de proporção com o que eles realmente fizeram. É claro que Israel está perdendo a guerra em PR e tem sido assim há anos. Uma das coisas mais irritantes para observadores internacionais sobre a atual guerra na Faixa de Gaza é a perda desproporcional de vidas no lado palestino. Isso não faz sentido moral. Israel construiu abrigos para proteger seus cidadãos. Os palestinos construíram túneis pelos quais eles poderiam realizar aqueles ataques terroristas e sequestrar israelenses. Israel deveria ser responsabilizado por proteger com sucesso sua população em uma guerra defensiva? Eu não penso assim”
Ele também aborda a crucial diferença moral entre Israel e o Hamas:
“A verdade é que existe uma óbvia, inegável e extremamente consequente diferença moral entre Israel e seus inimigos. Os israelenses estão rodeados por pessoas que têm intenções genocidas explícitas em relação a eles. A carta régia do Hamas é explicitamente genocida. Ela olha em relação ao futuro, com base na profecia do Corão, quando a própria terra clamará por sangue judeu, onde as árvores e as pedras vão dizer: ‘Oh, muçulmanos, há um judeu se escondendo atrás de mim. Venha e o mate!’. Este é um documento político. Estamos falando de um governo que foi eleito ao poder pela maioria dos palestinos. O discurso no mundo muçulmano sobre os judeus é absolutamente chocante. Não só existe a negação do Holocausto amplamente difundida, mas também afirmam que ‘o faremos de verdade, se tivermos a oportunidade’. A única coisa mais detestável do que negar o Holocausto é dizer que ele deveria ter acontecido, e se não aconteceu vamos realizá-lo quando tivermos a chance”
E ele prossegue colocando em pauta a mesma questão essencial já feita por Dennis Prager – o que cada lado faria caso tivesse poder para isso:
“Há espetáculos para crianças em territórios palestinos e em outros lugares que ensinam crianças de cinco anos sobre a glória do martírio e sobre a necessidade de matar os judeus. E isso chega ao âmago da diferença moral entre Israel e seus inimigos. Para ver essa diferença moral, você tem que perguntar o que cada um faria se tivesse o poder de fazê-lo. O que os judeus fariam com os palestinos se pudessem fazer o que quisessem? Bom, sabemos a resposta a essa pergunta, porque eles podem mais ou menos fazer o que quiserem. O exército de Israel poderia matar todos em Gaza amanhã. E o que isso significa? Isso significa que, ao soltar uma bomba em uma praia e matar quatro palestinos, como ocorreu semana passada, isso certamente é um acidente. Eles não estão apontando para crianças. Eles poderiam atingir o maior número de crianças que quisessem, mas não estão fazendo isso”
E sobre o lado palestino:
“O que sabemos dos palestinos? O que os palestinos fariam com os judeus em Israel, se o desequilíbrio de poder fosse invertido? Eles nos disseram o que eles fariam. Por alguma razão, os críticos de Israel simplesmente não querem acreditar no pior sobre um grupo como o Hamas, mesmo quando ele declara o pior de si mesmo. Nós já tivemos um Holocausto e vários outros genocídios no século XX. As pessoas são capazes de cometer genocídio. Quando eles nos dizem que pretendem cometer genocídio, devemos ouvir. Há todas as razões para acreditar que os palestinos matariam todos os judeus em Israel, se pudessem. Será que cada palestino apoia o genocídio? Claro que não. Mas um grande número deles e de muçulmanos em todo o mundo apoiaria”
Então ele trata da essencial distinção entre Israel e o Hamas, que pode ser resumida e simbolizada no uso de escudos humanos por este:
“Desnecessário dizer que os palestinos, em geral, e não apenas o Hamas, tem um histórico de usarem alvos não-combatentes inocentes das formas mais chocantes possíveis. Eles se explodem em ônibus e em restaurantes. Eles massacram adolescentes. Eles assassinam atletas olímpicos. Eles agora atiram foguetes indiscriminadamente contra áreas civis. E, novamente, a carta régia de seu governo em Gaza nos diz explicitamente que eles querem aniquilar os judeus, não apenas em Israel, mas em todos os lugares. A verdade é que tudo o que você precisa saber sobre o desequilíbrio moral entre Israel e os seus inimigos pode ser entendido sob o tema dos escudos humanos. Quem usa escudos humanos? O Hamas certamente usa. Eles atiram seus foguetes a partir de bairros residenciais, ao lado de escolas, hospitais e mesquitas. Muçulmanos em outros conflitos recentes, no Iraque e em outros lugares, também usaram escudos humanos. Eles colocam seus rifles sobre os ombros de suas próprias crianças e atiram atrás de seus corpos.
Considere a diferença moral entre o uso de escudos humanos e ser protegido por eles. Essa é a diferença que estamos falando. Os israelenses e outras potências ocidentais estão impedidas, ainda que imperfeitamente, do uso de escudos humanos muçulmanos nesses conflitos, como deveria ser. É moralmente repugnante matar não-combatentes se você pode evitá-los. É certamente abominável disparar através dos corpos de crianças para matar seus adversários. Mas pare um momento para refletir sobre como este comportamento é desprezível, e entender o quanto é cínico. Os muçulmanos estão agindo no pressuposto conhecimento, de fato, que os infiéis com quem lutam, as mesmas pessoas a quem sua religião não faz nada a não ser difamar, serão impedidas pelo uso de escudos muçulmanos. Eles consideram os judeus a desova de macacos e porcos. E ainda contam com o fato de que eles não querem matar não-combatentes muçulmanos.
Agora imagine inverter os papeis aqui. Imagine como seria fátuo, e de fato cômico, para os israelenses tentarem usar escudos humanos para impedirem os palestinos. Imaginem os israelenses segurando suas próprias mulheres e crianças como escudos humanos. Claro, isso seria ridículo. Os palestinos estão tentando matar todos. Matar mulheres e crianças é parte do plano”
(A diferença entre o Hamas e Israel)
Ele prossegue abordando as práticas comuns dos terroristas muçulmanos:
“Há muçulmanos que se explodiram em multidões de crianças, crianças muçulmanas,apenas para atingir soldados americanos que estavam distribuindo doces para elas. Eles cometeram atentados suicidas apenas para enviar um outro suicida para o hospital para aguardar as fatalidades onde, em seguida, explodiu todos os feridos, juntamente com os médicos e enfermeiras que tentavam salvar suas vidas. A cada dia que você ler sobre um foguete israelense que errou o alvo, você pode ler sobre o ISIS no Iraque crucificando pessoas ao lado de uma estrada, cristãos e muçulmanos. Onde está a indignação no mundo muçulmano e na esquerda sobre esses crimes? Onde estão as manifestações, 10 mil ou 100 mil pessoas na capital da Europa contra o ISIS? Se Israel mata uma dúzia de Palestinos por acidente, todo o mundo muçulmano se inflama. Deus me livre se você queimar um Alcorão ou escrever um romance criticando levemente a fé deles. E ainda assim os muçulmanos podem destruir suas próprias sociedades e procuram destruir o ocidente, e você não ouve um pio”
E então conclui:
“Assim, me parece que você tem que ficar do lado de Israel aqui. Você tem um lado que realmente, se pudesse realizar seus objetivos, simplesmente viveria em paz com seus vizinhos, e você tem outro lado que está tentando criar uma teocracia do século VII na Terra Santa. Não há paz a ser encontrada entre essas ideias incompatíveis”
Uma das coisas que merecem ser ressaltadas antes de concluirmos essa parte sobre Israel é sua prática de avisar ao inimigo onde vai atacar, antes de atacar. O tenente-coronel David Ram, um dos comandantes das tropas israelitas, afirmou:
“Antes de bombardearmos ou atacarmos um lugar do Hamas, nós avisamos antes. Não existe um único exército no mundo que avisa antes de atacar. Nenhum exército. Nenhum, nenhum, nenhum. Eu estudei na Alemanha, nos Estados Unidos, eu estudei em muitos países e não existe essa de avisar antes. Nós avisamos antes”
Nenhum exército do mundo avisa ao inimigo onde vai atacar, pela razão óbvia de que este aviso prévio abaixa enormemente a efetividade do ataque e dá tempo e chance do inimigo se precaver ao ataque. Numa guerra, um ataque bom é um ataque certeiro, rápido, imprevisível. Nenhum exército avisa antes. Mas Israel avisa. E ele avisa para que a população civil palestina (os não-combatentes) possa fugir dos locais que serão atacados de modo que suas vidas sejam poupadas. Israel usa de mais cautela, precaução e misericórdia em sua guerra do que qualquer civilização ocidental já usou em suas próprias batalhas.
Mesmo assim, às vezes palestinos civis ainda morrem, pois a facção terrorista do Hamas deliberadamente coloca alguns civis nestes lugares de ataque para que morram e depois tenham pretexto para culpar Israel diante da mídia internacional. Eles, os terroristas, não jogam limpo as regras do jogo. Para eles não há regras, o que importa é o genocídio israelense que eles só não fizeram até hoje porque Israel possui um avançado sistema anti-mísseis (que lhe custa muito caro, por sinal). Assim como seria risível esperar que Israel usasse sua própria população civil como escudo humano na guerra, seria risível esperar que o Hamas usasse da mesma humanidade para com os israelenses e avisassem antes de atacar – quando sabemos que eles atiram seus foguetes para onde aponta o nariz, contanto que o nariz esteja apontando para qualquer lugar em Israel.
Qualquer um pode comparar a moralidade de Israel com a moralidade do Hamas, que está expressa no estatuto oficial da organização terrorista, que data de 1988. Confira algumas partes que confirmam de forma explícita tudo aquilo que foi analisado aqui:
Art. 7º – O Profeta, que as bênçãos e a paz de Alá recaiam sobre ele, disse: “A hora do julgamento não chegará até que os muçulmanos combatam os judeus e terminem por matá-los e mesmo que os judeus se abriguem por detrás de árvores e pedras, cada árvore e cada pedra gritará: ‘Oh! Muçulmanos, Oh! Servos de Alá, há um judeu por detrás de mim, venha e mate-o, exceto se se tratar da árvore Gharkad, porque ela é uma árvore dos judeus” (registrado na coleção de Hadith de Bukhari e Muslim).
Art. 13º – As iniciativas, as assim chamadas soluções pacíficas e conferências internacionais para resolver o problema palestino se acham em contradição com os princípios do Movimento de Resistência Islâmica, pois ceder uma parte da Palestina é negligenciar parte da fé islâmica (...) Não há solução para o problema palestino a não ser pela jihad (guerra santa). Iniciativas de paz, propostas e conferências internacionais são perda de tempo e uma farsa (...) Como consta do Hadith: “O povo de Al-Sha’m é o açoite (de Alá) na Sua terra. Por meio dele, Ele se vinga de quem Ele quer, dentre os Seus servos. Os hipócritas não podem ser superiores aos crentes, edevem morrer em desgraça e aflição”.
Art. 15º – No dia em que o inimigo conquista alguma parte da terra muçulmana, a jihad (guerra santa) passa a ser uma obrigação de cada muçulmano. Diante da ocupação da Palestina pelos judeus, é necessário levantar a bandeira da jihad (guerra santa). Isso exige a propagação da consciência islâmica nas massas, localmente (na Palestina), no mundo árabe e no mundo islâmico. É necessário instilar o espírito da jihad (guerra santa) em toda a nação, reunir todas as fileiras dos combatentes da jihad (guerra santa) envolvendo os inimigos.
Art. 32º – Deixar o círculo do conflito com o sionismo [judeus] é um ato de alta traição; todos os que o fazem devem ser amaldiçoados. “Quem (quando combatendo os infiéis) vira as costas para eles, a menos que seja uma manobra de batalha, ou para se juntar a outra companhia, incorre na ira de Alá, e sua morada deverá ser o inferno. Seu destino será do maior infortúnio” (Alcorão, 8:16).
Como vemos, o Hamas convida oficialmente o povo muçulmano à guerra “santa” contra os judeus, repudia completamente qualquer tentativa de paz na região, amaldiçoa aqueles que não quiserem matar os judeus e, por fim, tem a intenção de matá-los em cada canto do mundo, até mesmo se um deles se esconder em árvores para se proteger. A loucura chega a tal ponto que até as árvores falam para ajudar a massacrar os judeus. O mais importante de tudo isso é que este documento tenebroso não é uma produção feita por meia dúzia de psicopatas ou por uma minoria de rebeldes, mas sim o documento oficial que pauta as ações do Hamas, contra quem Israel está lutando.
Em outras palavras, é obrigação social de cada combatente do Hamas agir em conformidade com este estatuto. Aqueles que agirem assim não estarão fazendo nada além da sua obrigação, de acordo com a perspectiva deles. Com Israel é o exato oposto. O estatuto israelense atual não propaga o genocídio palestino e nem a perseguição, mas apenas a manutenção de sua própria sobrevivência, direito este que lhe é conferido pela ONU. Israel está numa guerra defensiva procurando a paz contra uma entidade terrorista; o Hamas está em uma guerra ofensiva procurando o genocídio contra um Estado democrático de direito.
Abraços!
Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (www.lucasbanzoli.com)
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