Cristianismo
JULGAR: Dever de todo cristão! #1 A Visão prevalecente de tolerância
A explicação desta visão
Esta visão que prevalece hoje pode ser explicada adicionalmente a partir de um ponto de vista negativo e positivo.
Negativamente, a visão é que nossa atitude para com as idéias ou ações de outros nunca deve ser uma de intolerância. Uma atitude de intolerância. Uma atitude de intolerância é errônea por diversas razões, somos informados. Primeiro,ela manifesta o ódio; assim, é normalmente errada. O Próprio Deus condena a intolerância ao proibir-nos de julgar (Mateus 7:1) e ao nos ordenar que amemos uns aos outros. Tolerância é uma expressão de amor. Em segundo lugar, esta atitude revela arrogância da nossa parte ao pensar que somos melhores que outra pessoa, que nossa visão é a única correta, e que nossa maneira de fazer as coisas é a única correta. Este Pensamento arrogante nega a bondade inerente de cada pessoa, que foram criadas à imagem de Deus (de acordo com os proponentes da tolerância.)[leia cuidadosamente com oração.]. Uma Atitude de intolerância é errônea, em terceiro lugar porque por ela julgamos uma pessoa sem tentar entendê-la ou o que a faz agir ou pensar da forma que o faz.
Porque esta atitude de intolerância é errada, não devemos demonstrar a mesma falando contra idéias ou práticas de outros. Não devemos condenar aqueles que favorecem e praticam o aborto, pois não entendemos as dificuldades que a mulher grávida suporta e suportará se ela tiver o seu bebê. Não devemos condenar a homossexualidade, pois Deus criou os homossexuais à sua imagem, e sua orientação sexual é uma parte desta criação. Além do mais, os homossexuais são tão capazes quanto os heterossexuais de guardar a lei de Deus com respeito ao amor, sendo féis aos seus parceiros. Não devemos condenar aqueles cujas visões teológicas, sociais ou políticas difiram das nossas, pois Deus deu a cada um de nós uma mente, e cada um de nós é livre para usar sua mente da forma que desejar. Em Adição, o fato que a Bíblia tem sido interpretada de muitas maneiras diferentes por muitas pessoas, igrejas e denominações diferentes, indica que não há uma única visão correta da bíblia e dos seus ensinos.
Declarado de uma maneira positiva, esta visão prevalecente é que devemos tolerar aqueles que diferem de nós em pensamente e prática. Tal tolerância incluiria amor, compaixão entendimento pelos outros. Em adição a tolerar estas pessoas, deveríamos ‘aprovar’ suas visões e práticas como legítimas. Talvez nossas visões e práticas ainda diferirão das outras pessoas, mas não porque a nossa é inerentemente correta e a deles inerentemente errônea, pois todas as pessoas, a despeito de suas visões e práticas, são pessoas boas.
Esta visão de tolerância tem implicações específicas para a igreja de Cristo. Primeiro, não devemos pregar um evangelho exclusivo de salvação através de Cristo somente. Não devemos ver os ensinos de outras religiões – Judaísmo, Mormonismo, Budismo e todas as outras – como inerentemente errôneas. Não podemos dizer ao judeu, mórmon ou budista que ele deve se arrepender dos seus pecados contra os quatro primeiros mandamentos da lei de Deus, e chegar ao conhecimento do Deus Verdadeiro que se revelou em Cristo. Antes, devemos aprovar os ensinos do Judaísmo, Mormonismo, Budismo e outras religiões; apresente-as como alternativas viáveis para a fé cristã; e encoraje os membros das nossas congregações a incorporar em suas vidas tudo de bom nestes ensinos.
Segundo, isto afeta nossa obra missionária. Nossa obra missionária não deve consistir de levar os outros à fé e ao arrependimento, mas de ajudar o pobre, o enfermo, e outros que necessitem de ajuda física e econômica. Deveríamos também ser mais ambiciosos em desenvolver contatos com outras religiões, descobrindo os bons aspectos de seus ensinos e práticas, e incorporando-os aos nossos próprios ensinos e práticas.
Terceiro, Não devemos disciplinar aqueles que cremos estar vivendo em pecado ou ensinando o que é contrário ao nosso entendimento das verdades fundamentais da Escritura. Antes, lembrando que todos nós pecamos, devemos permitir que os membros que estão vivendo em pecado permaneçam como membros ativos, participando livremente da mesa do Senhor. Devemos até mesmo encontrar algo de bom em suas ações, e recomendar que outros membros sigam o bom exemplo que este membro de alguma forma mostrou. Uma pessoa que imite mais a Jesus verá a outra pessoa como um irmão, fará que ela se lembre que é uma boa pessoa, encorajá-la-á em seu pecado, e lembra-lá-á que Deus está satisfeito.
Qual a explicação para esta visão?
Certamente, a depravação natural do homem é uma explicação. O homem por natureza é capaz de fazer e pensar somente o que é mal. Esta visão é outro exemplo de desrespeito do homem para com a Palavra de Deus, e pelo próprio Deus. A Palavra de Deus diz que o homem é um escravo do pecado por natureza. O homem, contudo, alega ser livre, e insiste em manifestar esta liberdade fazendo o que deseja fazer. A Mulher grávida insiste em sua liberdade de escolher viver sua própria vida, abortando seu filho. O homem insiste em sua liberdade de escolher outro homem.
Contudo, esta explicação não aplica suficientemente o porquê a igreja no mundo inteiro tem adotado esta visão. Eis algo que explica isso: o fato de que a igreja tem, como uma regra geral, se conformado ao mundo em cada área da vida, falhando em viver de forma antiética.¹ Como fundamento deste fracasso está o fato que a igreja perdeu a consciência da Santidade de Deus. Sua grande mensagem tem sido o amor de Deus, mas ela divorciou o seu amor da sua Santidade. Se a igreja poder mais uma vez entender o que significa Deus ser Santo, ela entenderá a necessidade de se separar idéias e práticas do mundo, de denunciar o pecado como pecado, e pregar que o Deus amoroso, Jesus, odeia o pecado e pune os pecadores por causa dos seus pecados.
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Fonte: Julgar Dever do Cristão – Rev Doug Kuiper
Publicado por: Byron Center Protestant Reformed
Tradutora: Monergismo.com
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