Assembléia de Deus Madureira (Conamad) libera divórcio e novo casamento para pastores
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Assembléia de Deus Madureira (Conamad) libera divórcio e novo casamento para pastores




Segundo a publicação abaixo, cujo imagem circula na internet, a CONAMAD - Convenção Nacional da Assembleia de Deus - Ministério de Madureira, presidida pelo Bispo Manoel Ferreira, através de DECISÃO tomada em Assembleia Geral Ordinária, liberou oficialmente o divórcio e novo casamento para seus líderes, sejam eles Pastores Presidentes, dirigentes de congregações, ou mesmo pastores auxiliares das igrejas e ou instituições para-eclesiásticas, conselhos e órgãos a ela ligados.

VEJA A DECISÃO:


Fonte: http://www.pointrhema.com.br/
 
MEU COMENTÁRIO:
Nos últimos anos a AD ministério de Madureira vem se envolvendo em uma enxurrada de escândalos que com certeza se estivesse vivo o seu fundador, o saudoso pastor Paulo Leivas Macalão ficaria envergonhado. 

Considerada até alguns anos atrás como uma igreja rígida devido a sua doutrina, nos dias de hoje a Igreja Assembleia de Deus, tem se tornado uma das mais liberais no seguimento religioso principalmente a Madureira. Após após o escândalo do líder maior da Conamad com o herege Rev. Moon, esse ano surgiu a denúncia de recebimento de dinheiro de propinas da Operação Lava Jato, agora surge essa alteração do estatudo da igreja liberando o divorcio de pastores.
 
Algumas observações devem ser feitas em relação ao divórcio pois é ato que traz consequências em vários sentidos para os envolvidos: Jesus em Mateus 19, disse que ele foi permitido devido a dureza dos corações. Estava em vigor nos dias de seu ministério terreno e havia dúvidas sobre se poderia ser concedido só em caso de adultério ou por qualquer motivo, segundo as duas interpretações rabínicas de Shamai e Eliel. Segundo Deuteronômio 24:1-4 era o homem quem dava carta de divórcio e acontecia de uma pessoa se casar várias vezes (João 4:16-18).
 
Jesus chama a atenção em Mateus 19 para o "princípio" da criação, onde o projeto ideal de Deus para o homem e a mulher era para que fossem uma só carne e não se separassem. Mas, o mundo é caído, e o próprio Jesus fala na exceção dos pecados sexuais como motivo para o divórcio. Paulo em I Coríntios 7:11,15, abre outro precedente, no caso o abandono do cônjugue. A dúvida que fica é justamente sobre a possibilidade ou não de um novo casamento. Tenho opinião pessoal consolidada dentro de mim que outro motivo para o divórcio é o da pessoa que é vítima de violência e abusos. Jesus deixou bem claro em Mateus 12:7-12, que a vida é mais importante que o mandamento.
 
Agora sobre novo casamento, o que posso dizer é que no caso explícito que Jesus encontrou pelo caminho com uma pessoa que já havia passado por 5 casamentos e agora mantinha um "caso", a atitude do Mestre não foi fazer como muitas vezes a igreja faz, quando chega e diz para a pessoa:
 
"Olha, você aceita Jesus, mas infelizmente não poderemos te batizar e nem você poderá tomar Santa Ceia, também não poderá exercer nenhuma atividade na igreja. Mas fica fique firme aí na igreja, porque quando Jesus vier você sobe no arrebamento!"
 
Eu pergunto o que Jesus fez? Ele simplesmente mandou a mulher trazer a Ele, o seu "companheiro" (João 4:16). Depois ela se tornou a maior pregadora da região (João 4:39).
 
Sobre os líderes espirituais há um peso maior no sentido de serem modelo da comunidade cristã. Aos sacerdotes da antiga aliança, Deus disse que eles tinham como mandamento não ser infiel e nem repudiar a esposa da sua mocidade (Malaquias 2:1;14-16).  No Novo Testamento, Paulo diz que ao escolher um bispo ou diácono que observe se ele é marido de uma só mulher (I Tim 3:2;12). Embora, a carta pastoral foi escrita num mundo onde se praticava livremente a poligamia, creio que o princípio que Paulo queria ensinar era do obreiro como modelo familiar do rebanho. Durante os primeiros séculos da igreja, chegaram a radicalizar a interpretação de "uma só mulher" não permitindo aos ministros nem mesmo se casar novamente em caso de viuvez, isso num momento onde a intenção era aprovar o celibato clerical.
 
Voltando ao caso da AD Madureira, devo dizer que é lamentável essa decisão, se for apurar a motivação da decisão é provável descobrir que era para "legalizar" a situação de algum pastor que já divorciou ou está querendo divorciar e casar novamente. Porém, a sua irmã do ministério da "Missão", não está em melhor situação, assim como outras denominações onde a gente lê e ouve por aí sobre novos casamentos de pastores, a Madureira foi até mais sincera, que outras igrejas, pois tornaram a coisa oficial. As outras igrejas, hipocritamente se arvoram como conservadoras, disciplinando membros, ao mesmo tempo "passando a mão na cabeça" de pastores-presidentes que estão descasando e casando de novo. Ou seja um peso e duas medidas.



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