Qual a diferença do gol de Luis Fabiano, Maradona e Henry?
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Qual a diferença do gol de Luis Fabiano, Maradona e Henry?




Ano de copa do mundo não tem jeito, na época do evento, acaba sendo o assunto do momento. Um evento de divulgação gigantesca, sendo que em muitos países, como Brasil, Argentina, Itália, por exemplo, ela tem uma importância maior do que as Olimpíadas.

Ao ler os jornais, me deparei com o artigo do jornalista Clóvis Rossi da Folha de São Paulo, com o seguinte título: “Luis Fabiano, mas pode me chamar de Henry”. Veja o que ele diz:

“Lembra-se da mão de Thierry Henry, o atacante francês, aparando a bola para dar o passe para o gol que classificaria a França e eliminaria a Irlanda do Mundial da África do Sul? Lembra-se também do rugido coletivo e universal de repúdio que se seguiu, principalmente no Brasil?

Muito justo. Mas qual é a diferença entre o braço de Luis Fabiano e a mão de Henry, fora a parte do corpo envolvida no crime? Zero. E onde está, então, o rugido de indignação com a validação do gol do centroavante brasileiro?
Tostão chegou a considerar "antológico" o gol, "apesar de a bola ter tocado em seu braço".

Não, Tostão, não. A bola não tocou no braço, o braço é que foi erguido para aparar a bola, uma vez e na seguinte também. Sem o uso do braço, Luis Fabiano não dominaria a bola e, por extensão, não haveria gol, muito menos gol "antológico".

Ouvi no canal SporTV, o colunista Renato Maurício do Prado, também de "O Globo", fazer um verdadeiro comício contra a França, justamente por conta do gol irregular que Henry armou.

O que há de ruim nesse episódio --em tantos outros que envolvem a seleção brasileira em Copas-- é a aceitação de comportamentos jornalísticos inadmissíveis em outras circunstâncias.

Terminada a partida, Galvão Bueno, forçado a reconhecer que Luis Fabiano usara duas vezes o braço, encerrou o assunto mais ou menos assim: se ele [Luis Fabiano] disse que foi involuntário, então foi involuntário.

Imagine agora se o "Jornal Nacional" mostrasse José Roberto Arruda, o governador afastado do DF, dizendo que recebeu, sim, propina, mas "involuntariamente". William Bonner enceraria o telejornal dizendo que, se Arruda afirma que foi involuntário, então foi involuntário? Jamais.

Se é assim, então porque a Globo não aplica um "cala a boca, Galvão"? Que jornalistas esportivos torçam para a sua seleção (acontece em todos os países do mundo) é algo tão inevitável quanto o sol nascer todos os dias. Mas pelo menos deveriam ser proibidos de torcer também os fatos”.

Fonte: Folha Online, 21/06/2010.

MEU COMENTÁRIO: Eu acrescentaria o seguinte ao artigo do Clóvis Rossi: Qual a diferença entre o gol de mão de Maradona em 1986 contra a Inglaterra, a famosa “Mão de Dios”, o gol de Tierry Henry em 2009, contra a Irlanda, nas Eliminatórias da Copa e o segundo gol de Luis Fabiano contra a Costa do Marfim?

Nenhum. A diferença é que um é francês, outro argentino e o último brasileiro. É uma espécie de “jeitinho brasileiro”, só que nesse caso não foi iniciado por nós, mas que aderimos. Ou seja se for de um país que é rival do Brasil no futebol, de preferência alguém que já tenha eliminado o Brasil de uma copa como a Argentina em 1990, a França em 1998 e 2006, se condena, como algo irregular. Mas, se foi do Brasil, aí valeu, acha-se graça, ou ainda dizem com orgulho que foi “malandragem brasileira”.

É também estranho a forma com que se tenta “criar inimigos”, como é o caso das campanhas publicitárias e do Galvão Bueno da Globo, quando se referem a Argentina.

Acho a Copa do Mundo um torneio bonito, onde a globalização fica evidente como nunca, onde vemos a diversidade das nações, quando a mídia através dos jornais parece que “esquece” os problemas do dia a dia, deixando de mostrar os escândalos políticos e crimes violentos, afinal o “foco” agora é outro, e existe muito dinheiro e patrocínio envolvidos.



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