O avanço da depressão e os escorpiões que ferem a alma
Cristianismo

O avanço da depressão e os escorpiões que ferem a alma



E naqueles dias os homens buscarão ardentemente a morte, e não a acharão; e desejarão morrer, e a morte fugirá deles”, Ap 9:6.
“E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas.
Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo”, Lucas 21:25e 26.

Na minha infância quase ninguém sentia depressão. As pessoas apenas ficavam tristes. Depois, já na década de 80, comecei, muito de longe, a ouvir falar numa coisa chamada “depressão”.
E era depressão por tudo: pelo namoro acabado, pelos pais problemáticos, pelo casamento falido, por frustrações, pelo desemprego prolongado, e etc...
Na década de 80 a Depressão cresceu. Observou-se também que que  quanto mais urbano era o lugar, mais deprimidas as pessoas tendiam a se tornar. E mais: as razões da depressão deixaram de ser até justificáveis objetivamente, pois surgia agora a depressão difusa, existencial, sem causas aparentes.
 Percebe-se hoje, como a Depressão era uma epidemia global. Já foi no início dos anos 90 que se ouviu falar em “Síndrome do Pânico”. Então, de súbito, muita gente passou a sofrer de pânico. Muita gente andava com o remédio na bolsa a fim de ter um “Frontal” no caso de uma crise de pânico e falta de ar.
 
Daquele momento histórico pra frente a “Síndrome do Pânico” foi crescendo e a Depressão continuando, mas perdendo o seu glamour psicológico.
 Hoje me trazem até crianças com a Síndrome. Ou, então, aventam a possibilidade de que uma criança de quatro anos esteja já “panicada”. Crianças “deprimidas” já se tornou algo corriqueiro.
 Agora vejo outro fenômeno psicológico-urbano em construção. Muitas coisas acabam virando uma moda da alma dolorida. Trata-se de um crescente fenômeno de Dissociação da Realidadee que faz a pessoa estar presente sem se sentir presente. A sensação é de ausência. E, na maioria das vezes, além dostraumatizados por fortes experiências, percebo que tal fenômeno atinge os Internautas viciados.
 A pessoa passa tanto tempo em chats, em salas de sexo virtual, em papos eróticos, ou em namoros distantes, que, quando volta do ambiente virtual, ou que tem que lidar com as pessoas reais no mundo concreto, ela não sabe mais se sentir em contato.
Entãoa cabeça começa a ficar distante. A pessoa se sente como uma observadora dos acontecimentos, mas como se ela fosse um fantasma. A invisibilidade virtual toma conta dela; e, agora, diante de gente concreta, ela sente essa ausência profunda. Todavia, se você pergunta se na sala virtual ela sente-se desse modo, a resposta é que “não”; que “lá ela se sente presente”.
 Assim, o que sobra é um mergulho cada vez mais profundo na virtualidade dos relacionamentos sem toque, cheiro ou convívio; pois, no mundo dos sentidos, fora desse Matrix relacional, tudo parece não existir e não ter mais sentido.
 Entretanto, tal experiência é um fenômeno de profunda dissociação do mundo e da vida. E como as pessoas são forçadas, por uma razão ou outra, a saírem dacâmara matrixiana e lidar com a vida (emprego, escola, faculdade, família, etc.) — não conseguindo mais se sentirem parte de nada tangível, elas mergulham emDepressão e ou na Síndrome do Pânico.
Hoje você ouve as pessoas dizerem que precisam de seu computador, notbook, tablets, e celulares ligado à rede, mas do que de qualquer outra coisa. O remédio é a virtualidade, numa evasão do mundo concreto; o que vai gerando um processo de sensorialidade dissociada da vida, único lugar onde os sentidos são tocados pelo outro.
 Cada vez mais ouço as pessoas queixarem-se de que estão, mas não se sentem presentes em nada, em lugar algum. Até mesmo sexo tem gente me dizendo que prefere quando é virtual.   
 Pais, amigos, amantes, mundos virtuais. Pura e total tragédia humana!  Ora, tais cenários de natureza apocaliptico-existencial remetem-me diretamente para um texto em Apocalipse 9:
O quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela caída do céu na terra. E foi-lhe dada a chave do poço do abismo. Ela abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço como fumaça de grande fornalha, e, com a fumaceira saída do poço, escureceu-se o sol e o ar. Também da fumaça saíram gafanhotos para a terra; e foi-lhes dado poder como o que têm os escorpiões da terra, e foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a qualquer coisa verde, nem a árvore alguma e tão-somente aos homens que não têm o selo de Deus sobre a fronte. Foi-lhes também dado, não que os matassem, e sim que os atormentassem durante cinco meses. E o seu tormento era como tormento de escorpião quando fere alguém. Naqueles dias, os homens buscarão a morte e não a acharão; também terão ardente desejo de morrer, mas a morte fugirá deles.

O aspecto dos gafanhotos era semelhante a cavalos preparados para a peleja (expectação de guerra); na sua cabeça havia como que coroas parecendo de ouro (busca de poder); e o seu rosto era como rosto de homem (inteligência); tinham também cabelos, como cabelos de mulher (erotismo); os seus dentes, como dentes de leão (ferocidade animal); tinham couraças, como couraças de ferro (defesa); o barulho que as suas asas faziam era como o barulho de carros de muitos cavalos, quando correm à peleja (ruidosidade dos movimentos de guerra); tinham ainda cauda, como escorpiões, e ferrão; na cauda tinham poder para causar dano aos homens, por cinco meses (o veneno da angustia); e tinham sobre eles, como seu rei, o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom, e em grego, Apoliom.

Abadom e Apoliom, cujo significado único em ambas as línguas é destruição, é o mal que começa a morder as almas humanas sem esperança ante o complexo de coisas que governam e dirigem a humanidade para a morte por medo e pânico — conforme Jesus disse que seria.
 Quando se descreve a aparência desses seres, o que se vê é um composer de tudo aquilo que existe como fenômeno social, político, econômico, e, sobretudo, psicológico, na Terra; e que só tende a crescer.

Esses bichos saem do porão do Inconsciente Coletivo da Humanidade e são feitos de nós mesmos e de nossas mazelas, de nossos ódios, inimizades, ameaças, guerras frias e quentes; de nossa inteligência malévola, de nosso erotismo descontrolado, e de tudo o mais que nós chamamos negativamente de “mundo”.
Esse tempo já chegou como nunca antes! E apenas crescerá entre nós...         
 O Apocalipse diz que tais poderes terão seu domínio sobre todos, exceto sobre aqueles que entregaram a “fronte”, ou a mente, ou a razão, ou a consciência ao Cordeiro; a fim de que sejam protegidos contra a Síndrome de Abadom e Apoliom; e que será a Síndrome Universal do Pânico; a qual fará a síndrome do pânico atual parecer uma gripe, se comparada a um câncer nas vias respiratórias.
 O que protege a alma é o “selo do Cordeiro”.  Em Efésios 1: 12-14, Paulo diz que esse “selo” é a Esperança no Espírito Santo, a qual nos guarda a alma na certeza da Redenção.
 Cada dia mais se estará ante uma situação para qual já não haverá mais fuga; nem mesmo mediante os mais sofisticados mecanismos de evasão da realidade.
 O desejo de morrer grassa entre nós. Crianças, jovens, adolescentes, adultos e velhos começam a desejar morrer. Há aqueles que me dizem como um Jó em agonias que não desejariam ter nascido, ter posto a cara para o lado de cá.
O cenário melancólico e lúgubre do livro do Eclesiastes começa se tornar tolo como um gibi de desesperança infantil, posto que o cenário que já está posto é de uma realidade inescapavelmente diabólica para a alma humana.
Digo palavras de lucidez e de bom senso; e não estou construindo nenhuma ficção. A vida confirma e confirmará a cada dia mais a veracidade destas minhas palavras, e que nada mais são que a tradução do que o Apocalipse chamou de ação da destruição existencial contra toda vontade de viver.
Termino dizendo que tem evangélico que diz que crente não tem depressão. A Bíblia mostra claramente Moisés, Elias, Jeremias, Paulo em estados depressivos. A diferença é que eles não sucumbiram a depressão. Pela fé, foram erguidos desse estado por Deus!

Pare de dizer que sua vida está igual aquele ditado católico: "Quanto mais reza mais assombração aparece!" Pare de dizer que você nasceu para sofrer e que o melhor é morrer mesmo!

Se entregue ao Senhor de coração, creia que o selo do Espírito Santo está em você, te confirmando que você é de Jesus! Enquanto a vida há esperança! Guarde sua mente em Cristo e não permita mais que essas caldas de escopiões machuquem a sua alma! Deixe que Deus abra seus armários interiores e os limpe com sua Palavra! Que Deus possa curar suas memórias mais traumáticas!

Observação: Essa postagem é uma transcrição da mensagem que eu preguei na última quarta-feira no culto de ensino na congregação do Segismundo Pereira, filial da igreja Assembleia de Deus, em Uberlândia. 
 
 



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