Mafalaia incetiva cristãos para protestos do dia 13 de março
Cristianismo

Mafalaia incetiva cristãos para protestos do dia 13 de março



O pastor Silas Malafaia gravou um vídeo explicando aos cristãos que não é errado participar da manifestação em favor do impeachment de Dilma Rousseff marcada para acontecer em todo o Brasil no dia 13 de março.

O religioso lembrou que além de servos de Deus somos cidadãos e temos direitos e deveres. “O movimento é legal, não tem nada de ilegal. Se você não quer ir, eu respeito, se você quiser ir é direito. Você pode ir sim, eu incentivo que você vá”, disse ele citando que a manifestação tem que ser pacífica.
No vídeo, Malafaia lembra que o apóstolo Paulo fala sobre a cidadania e afirma: “Não podemos abrir mão da nossa cidadania, não podemos ser alienados sociais”.

Ele é a favor da manifestação não só pelo impeachment e pelos escândalos de corrupção, mas em tirar os partidos de esquerda do poder por pregarem contra valores morais.
Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br/
Meu Comentário:  A jornalista Cristina Moreno de Castro do jornal O Tempo escreveu o seguinte antes das manifestações de março do ano passado: "Democracia é aceitar o que uma maioria quis e trabalhar/cobrar para que dê certo para todos. Quatro anos depois, escolher livremente o candidato favorito, mais uma vez. E assim por diante".
Claro que, dentro do "cobrar", do parágrafo acima, cabe também protestar. É legítimo protestar. É legítimo fazer buzinaço, panelaço, vaiar (embora, que pena, muitos tenham optado por xingar baixarias contra a presidente da República, em pleno Dia Internacional da Mulher). Tudo isso, felizmente, é permitido e só pode acontecer porque ainda vivemos numa democracia.
Dilma saindo, por um impeachment, quem assumiria em seu lugar? Michel Temer, o vice-presidente, que é do PMDB. Mesmo partido de Renan Calheiros e Eduardo Cunha, que dispensam apresentações.
O pior é que não é nem isso que quer um grupelho que estava quieto há 30 anos e, com esta gritaria, voltou a ressurgir das trevas. Esse grupo, que já tem milhares de seguidores só em uma comunidade do Facebook, defende nada mais nada menos que a intervenção militar. E aí, bye-bye panelaço, buzinaço. Que seria do futuro? Imprevisível. E não algo que possa ser planejado ou reformulado num novo pleito, em quatro anos, como acontece hoje.
O horizonte passa a ser obscuro quando deixamos de viver numa democracia. Assim como essa instabilidade do período qualquer possibilidade de tomar rumos que melhorem o Brasil. Vira só uma grande histeria, cada dia mais radical e intolerante, e menos aberta a divergências.
É isso que você quer? Eu não. Por isso, me abstenho de participar dessa marcha do dia 15. Não pela marcha em si: é muito válido criticar a presidente, que está deixando muita gente insatisfeita, inclusive vários que são até filiados ao seu partido, o PT. Mas pelos que estão se aproveitando da marcha para gerar histeria e, com a histeria, criar o ambiente certo para um golpe, como aconteceu há 50 anos no Brasil (e, também daquela vez, começou com "marchas").
O Brasil vive um momento difícil com a economia parada, dólar e inflação subindo, desemprego voltando a crescer. A presidente Dilma, numa linguagem do boxe, está recebendo muitos golpes nas cordas do ringue, e com torcida de muita gente para que vá a lona nocauteada por um impeachment. Há meses, todos os dias, os jornais televisivos, escritos e na internet, tem como matéria principal as denúncias envolvendo a maior estatal brasileira, a Petrobrás, num jogo que envolve funcionários de alto escalão, empreiteiras e favorecimento a partidos políticos. Um escândalo político de grandes proporções sem dúvida.
Agora dizer que este é o maior caso de corrupção do Brasil, eu já fico como bom mineiro ressabiado quando ouço ou leio isso. É bom consultar uma velha senhora chamada “História”. Infelizmente a corrupção está presente em nossa história desde a colonização portuguesa, passando pelo Brasil Império e depois a República. O jurista e historiador Raymundo Faoro é autor de Os donos do poder, obra que aponta o período colonial brasileiro como a origem da corrupção e burocracia no país colonizado por Portugal, então um Estado absolutista.
Em 1954, Getúlio Vargas se suicidou em vez de ceder as pressões por sua renúncia, sob escândalos de que havia “um mar da lama”. Em 1960, Jânio Quadros se elegeu presidente usando uma vassoura como símbolo para varrer a corrupção do Brasil. No ano seguinte, meses depois de sua posse renunciou, dando início a um período de instabilidade política que culminaria com o golpe militar de 1964.
 
Em 1989, Fernando Collor foi eleito com o lema de "caçador de marajás", dizendo que acabaria com a inflação e a corrupção. Não acabou com nenhuma das duas e foi o primeiro presidente da história do Brasil a sofrer um impeachment por causa do esquema corrupto de PC Farias no seu governo.
 
A gênese da simbiose entre empreiteiras e o poder pública que hoje está sendo desvendado pela Operação Lava Jato vem de muito longe. Há autores que dizem que o casamento entre empreiteiras e o poder não começou nem no regime militar e sim no governo JK, com a construção de Brasília.
 
Nenhum governo civil (Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma) conseguiu, até hoje, reduzir o poder das grandes empreiteiras. Ao contrário, essas empresas e os grandes Bancos também, se transformaram em verdadeiros leviatãs, fazendo de tudo, inclusive financiando as campanhas eleitorais dos principais políticos do país.
 
O fato de as anomalias serem antigas em nada alivia a responsabilidade do governo atual – que terá o ônus de promover a faxina há muito demandada nessa área.
 
Portanto no dia 13 de março, em vez de ir atender o apelo feito no melhor estilo fanfarrão do Malafaia e ir para as ruas protestar, farei como o Pr. Claudionor de Andrade, escreveu no portal CPAD NEWS:
 
“O que você fará no dia 13 de março? Quanto a mim, não sairei às ruas a protestar, mas entrarei no meu quarto a orar e a interceder por meu país. Não sou contrário aos protestos. Mas, como haverá muitas vozes gritando palavras de ordem, reservar-me-ei à ordenança do Mestre: “Orai sem cessar”. Ninguém me ouvirá a voz. O Senhor, todavia, haverá de atentar a cada gesto emudecido meu”.




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