Cristianismo


ROUXINOL ou COTOVIA?


            O rouxinol canta à noite; a cotovia canta ao amanhecer.
            O homem é mais cotovia do que rouxinol, porque só sabe cantar quando o sol aparece, quando há luz. De dia.
            Quando a noite desce ou quando há nuvens rolando pelo céu, perde a vontade de cantar. Fica triste, abaixa a cabeça, queixa-se... chora.
           
            A vida é como a natureza: tem dias e tem noites. É dia quando tudo vai bem; é noite quando as coisas vão mal. Quando tudo vai bem há sol varrendo de luz a alma. E cantamos. Quando os ventos mudam, eriçando as ondas, o barco balança e vem o enjôo. Pode acontecer o pior: que a noite despenque sobre nós com a rapidez do raio. E nos envolva num sudário de morte, deixando-nos gelados e trêmulos de pavor. Então não podemos cantar.

            Não podemos? Podemos. Se cantarmos as canções de Deus. Canção de Deus é a divina presença. É sentir essa presença. É comunhão da criatura com o Criador. É ter as cordas da alma tangidas pelas mãos de Deus. É ouvir a voz de Deus no silêncio do coração.

            Não há canção mais bela do que essa. Que pode ser cantada mesmo de noite, quando canta o rouxinol, e também de manhã, como canta a cotovia. De dia e de noite. Ao sol e à chuva. Na madrugada da vida como no seu crepúsculo: “Ainda que eu andasse pelo vale sombrio da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.” (Salmo 23:4).

            Importante é que Deus esteja presente.
            Dois homens estavam a ferros num calabouço: Paulo e Silas. Os pés no tronco. O corpo coberto de vergões deixados pelos açoites.
            Meia noite. Mas os dois cantavam hinos à Deus, diz o texto sagrado (Atos 16:25). Porque é possível cantar dentro da noite e dentro de uma masmorra. Por pior que seja a noite e por pior que seja a masmorra: exílio, doença, solidão, miséria, luto, morte...

            John Bunyan, famoso pregador inglês, esteve preso durante doze anos, precisamente um quinto da sua vida. Mas escreveu durante esse tempo um livro que foi Best-seller: “O peregrino”. Que é um aceno alegre de esperança. Um cântico de fé. Um raio de sol atravessando as nuvens. Um súbito clarão iluminando-lhe a prisão, como aquele que iluminou o cárcere de Pedro, quando um anjo o acordou para libertá-lo.

            Canto de rouxinol, que canta de noite, e não de cotovia, que canta ao amanhecer.

(Extraído do livro: “Um Pouco de Sol" – Crônicas de Rubens Lopes)


Felicidades.



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